Maxi López atuará no Grêmio sem receber reajuste de salário em 2010. Mas receberá, no ato, mais de R$ 2 milhões no final deste mês, quando ficar definida sua permanência no Olímpico. Uma das cláusulas do contrato assinado entre Maxi e o Grêmio, no início do ano, incluía um gatilho prevendo renovação automática por três anos. Para isso, o clube precisaria adquirir 50% de seus direitos federativos junto ao FC Moscou, da Rússia.
A negociação com os russos será fechada na próxima semana. Com ajuda de um investidor, cujo nome é mantido em sigilo, mas que já fez negócios com o clube em anos anteriores, a direção entregará 1,5 milhão de euros (R$ 3,8 milhões) ao jogador. De posse desse valor, Maxi pagará aos russos US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) para obter sua liberação e repassar metade dos direitos ao Grêmio.
A diferença, de R$ 2,1 milhões, será sua. Nos próximos três anos, seu salário será o mesmo, de US$ 100 mil (hoje, R$ 175 mil). A desvalorização da moeda norte-americana trouxe prejuízo para o jogador. No início do ano, ele recebia por mês mais de R$ 200 mil. Apesar do interesse de clubes europeus, entre eles o alemão Werder Bremen, Maxi não cogita sair de Porto Alegre. Domingo, ao despedir-se de Fernando Otto e Rogério Braun, seus representantes no Brasil, e iniciar a viagem de carro para Buenos Aires, ele mostrava apreensão com a possibilidade de não retornar mais. – Não importa que o Grêmio não vá disputar a Libertadores.
O alto nível do futebol brasileiro faz qualquer jogador querer atuar aqui – afirmou o atacante. Sua permanência também poderá representar lucro ainda no segundo semestre. O Grêmio projeta uma valorização do centroavante durante a Copa do Brasil. Poderá assim negociá-lo na janela de agosto. O presidente Duda Kroeff tem certeza de que o investidor repassará o dinheiro na próxima semana.
Na negociação, ele ficará com 40% dos direitos, cabendo 10% ao Grêmio. Caso o dinheiro não chegue, o clube usará recursos próprios. Outra alternativa é a aquisição por um fundo de investimentos.
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