Bastante barbudo e com um sorriso genuíno que fazia par com um leve bronzeado adquirido em terras brasileiras, o astro pop saudou a todos em bom português: "Muito obrigado, saudades São Paulo". E essa foi só a primeira das frases ditas em nossa língua nativa. "Estou muito feliz de estar aqui com vocês", foi outra. O público retribuiu o elogio com mais aplausos e gritos.
O show foi uma sucessão de hits para deixar qualquer fã com sorriso de orelha à orelha. Aos amantes do The Police, restou esquecer de tudo e entoar refrões de Message In a Bottle, King of Pain, Roxanne, Wrapped Around Your Finger e Walking on The Moon.
A grande parte dos fãs de Sting no festival devia ostentar RG de quem nasceu antes da década de 80 e conhecia de cor esses clássicos, já quase jurássicos. Mas o roqueiro também cantou músicas de sua fase solo, como English Man in New York e Fields of Gold, além da idolatrada If You Love Somebody Set Them Free.
A tribo toda
Quando se despediu pela primeira vez do público, era óbvio que o bis ia rolar e não demorou nem um minuto para que Sting voltasse e detonasse os primeiros acordes de Desert Rose. Depois vieram Bring On the Night, num flerte delicioso com o jazz, com direito a solo de teclado, e King of Pain. O "gran finale" estava fervendo.
Em seguida, Every Breath You Take fez o público cantar em coro e sugeriu um clima para muitos casais apaixonados. E, para acabar seu show de maneira ecológica (afinal, esse era o tema do festival), Sting chamou ao palco seu "chapa" de longa data, o Cacique Raoni.
"Ele é meu pai, meu muito amigo", anunciava o inglês, antes de Raoni subir ao palco. Pena que o discurso do índio veio sem tecla sap e ninguém entendeu nada. Mas tudo bem, afinal, a última canção do show, Fragile, foi de arrepiar. Sting deixou, com sua solar e inegável simpatia, a mensagem: veio para tocar e cantar tudo o que sabe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário